terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sentir um trubilhão de sensações dentro de mim!


A gente tem um compromisso com a verdade
Não dá mais pra ficar brincando de viver
Tô muito a fim da minha verdadeira identidade
Bateu em mim uma vontade de me conhecer
Eu sei que a gente tem um compromisso com a vida
Passa o tempo e a gente não desvenda o seu mistério
Parece muita ousadia, muita pretensão
Mas é meu coração que pede, eu tô levando a sério
Quero saber de onde eu venho
Quero saber pra onde eu vou
Não posso passar pela vida sem saber quem sou
Quero sentir dentro de mim
Todo universo em ação
Quero sentir o amor profundo no meu coração

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca...




“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 6 de julho de 2011






Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração

Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?

Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz

O Vento




Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?
Por que será?
... Vou pensar. 

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mais
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
E isso por que?
Diz mais!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Não pode passar de qualquer jeito, algo tem que ficar...





Sabe de uma coisa, não tinha me dado conta  de quando estamos dormindo  e de quando estamos despertos.
Saber que à medida que despertamos vamos adquirindo consciência e  fazendo bom uso dela vamos despertando ainda mais... Isso eu aprendi. (acredito)
Mas quanto desperto você está agora?
"Essa é a questão"
Não sabia e nem sei.
A questão é que antes nem sabia se estava despertando, mas a partir do momento que se deixa levar por algo, identifica-se com algo e perde o foco do propósito que se tem, então precisa recuperá-lo.
E isso pode levar um instante, semanas, meses e até anos... Acredito que vai depender do quanto se identificou. O quando isso mexeu com Você, de quantos dias passou sem conseguir meditar, vocalizar, orar, enfim.
E então quanto mais tempo você passa sem praticar é como se a sua “consciência” fosse deixando de existir, você deixa de sentir a energia.
Quando então faz uma retrospectiva do que já viveu, do que já sentiu e do quando essa energia te guiava e olha para o aqui e o agora e não senti mais essa energia você então percebe que necessita “recuperar o que foi perdido” por conta de uma identificação ou sei lá o que.
Então volta a vocalizar, meditar, orar, mas como é difícil quando  necessita, sabe que tem que fazer, senti que parte sua esta deixando de existir(“divino” ) e outra vem ocupando  (negativa) e você não senti  a mesma  “vontade” do inicio.
Mas lamentar agora não adianta.
Nunca adiantou na verdade.
O que importa agora é seguir e recuperar também à vontade.
Buscar ver sentido nas coisas, fazer uso de uma mente superior a qual ainda não tem domínio, mas que existe.
Buscar a Deus, acima de tudo dentro de si mesmo.
Buscar amor, inspiração, pedir e fazer com  que o universo conspire ao nosso favor .
E ver que, como dizem, sempre virá chumbo mais pesado que o outro e que o importante é manter-se acordado de instante a instante e procurando sempre a força e a compreensão necessária para eliminar o que atrapalha e deixar nascer  o ajuda.
Fé, esse talvez seja é o segredo,
Acreditar que tudo na vida passa e
que isso também irá passar.




sexta-feira, 20 de maio de 2011

Só de Sacanagem









Ana Carolina 
Composição : Elisa Lucinda


Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.



Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
" - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba."
E eu vou dizer:
"- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal".
E eu direi:
" - Não admito! Minha esperança é imortal!"
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.

sábado, 14 de maio de 2011

Vocabulário feminino





Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item  obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar. Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos,  reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.

  Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com
elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes - isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

  E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

  Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

  Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

  Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

  E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

  E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.
 


  Leila Ferreira

segunda-feira, 2 de maio de 2011



Lembro que eu tinha apenas 15 anos
Tinha tantos medos e planos
E quase que inimigo nenhum
Lembro dos teus olhos vivos e castanhos
E eu achava tão estranho
Nosso jeito tão comum...
Meus amigos onde estão?
Cadê as rodas de violão?


Na cantina da escola,
Brincando de passar a bola,
Matando aula de religião
Podem levar, meu nome
Podem levar as canções que eu fiz
Mas ninguém vai levar de mim
A chance de acreditar
Que o bom da vida é a gente ser feliz
Podem levar, meu nome
Podem levar as canções que eu fiz
Mas ninguém vai levar de mim
A chance de recomeçar
De ensinar ao mundo
A ser aprendiz....

Vez ou outra fica assim, meio cinza. :/






Alguns dias amanhecem meio cinza para alguns.
Para mim esta manha de 01 de maio de 2011 é uma delas.
Tudo me faz questionar.      
Quantas máscaras ainda estão por cair até que a essência liberte-se?
Muitos super esforços ainda estão por vir.
E em dias como esse em que paro para refletir sobre isso, isso de mascara, ego, falsa personalidade, etc, etc, etc.
Lembro-me imediatamente de quando convivia aparentemente feliz com todos eles.
De quando não sabia a importância da auto-observação, meditação, reflexão, compreensão...
Lembrar que antes a ausência das pessoas me deixava triste, e saber que hoje a presença de algumas delas me incomoda...
Sei que o problema não esta nas  pessoas, não neste caso e sim comigo.
A única ausência que me deixa triste hoje é a de “mim mesma".
Saudade  daquilo que nunca tive na verdade,       
Saudade de sentar sob a  sombra de uma árvore, sentir aquela fresca e paz que não encontramos em nenhum outro lugar.
Saudade de ir a um riacho e ouvir os pássaros cantando ali por perto, rir com a pureza e inocência de uma criança e não pensar em nada, apenas sentir a tranqüilidade e harmonia da natureza.



Não sei se é bem saudade ou vontade, momentos como este confundem-se os sentimentos e nada sei além da dor que aperta o peito e faz chorar por saber que por maior que seja  a vontade, a saudade, eu "nunca" vou poder sentir tudo de tal forma.

Como poderei sentir a pureza de uma criança se o mundo que me rodeia inclusive família, "amigos" tende a prender-me nesse mundo egoico?

Sei que o caminho depende de mim, que tenho que transformar compreender, eliminar, dentre tantas outras coisas.
Sei que é individual e que tudo faz parte do caminho, basta saber  "ver”.
" Eis ai o teu caminho: Reflexão, dor , sofrimento..."
 Saber disso tudo é simples.
Mas seguir é muito duro, "abandonar" tudo que fora vivido até agora, ter disciplina, paciência.
Não torna-se fácil nem sabendo que é a única  saída.

Sinto-me fraca agora.
Sei que devo seguir, não posso parar.

Porque parar de praticar o bem de lutar pelo bem, se os que praticam e lutam pelo mal não descansam um segundo se quer?



Só preciso encontrar forças para seguir.
e assim vou vivendo, tentando compreender para então aceitar as verdades da vida!






quarta-feira, 27 de abril de 2011



Pelo o que me diz respeito
Eu sou feita de dúvidas
O que é torto, o que é direito
Diante da vida
O que é tido como certo, duvido
E não minto pra mim
Vou montada no meu medo
E mesmo que eu caia
Sou cobaia de mim mesma
No amor e na raiva
Vira e mexe me complico
Reciclo, tô farta, tô forte, tô viva
E só morro no fim
E pra quem anda nos trilhos cuidado com o trem
Eu por mim já descarrilho
E não atendo a ninguém
Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo
E mergulha com tudo
Pra dentro de si
Lá do alto do telhado pula quem quiser
Só o gato que é gaiato
Cai de pé...

Pedaços de Mim.



Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Transformação da Mente





Mudar o mundo material sem transformar a mente é algo totalmente inútil. A transformação do homem é a transformação do mundo. O mundo não vai mudar sem a transformação do homem.

O mundo não significa apenas essa terra visível. Também se refere à sociedade que vemos e com a qual interagimos. A sociedade está coberta de consciência e não está inerte. A sociedade será transformada apenas quando a mente do homem mudar.

Atualmente, temos mudanças no mundo – nas finanças, na ciência e na política, mas não a transformação da mente. Para a transformação da mente, a transformação espiritual é essencial. A transformação da mente está presente na própria transformação espiritual.
- Baba

sexta-feira, 15 de abril de 2011

“Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.”





" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'

sábado, 26 de março de 2011

A SOLIDÃO CONTENTE


(O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas)
IVAN MARTINS
editor-executivo de ÉPOCA

Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre "solidão feminina" com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas - e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente - e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

"Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés (como isso é bom) e curtir a minha casa", disse a prima. "Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas".
Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.
Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior - com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando - senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa - desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Filme - Narnia


Narnia
          O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa

 
Quatro irmãos vão morar numa mansão no interior da Inglaterra, pois o pai foi combater na segunda guerra mundial.
A mansão é do tio das crianças.De repente quando eles estão brincando de esconde-esconde, a caçula dos irmãos ,Lucy procurando um esconderijo, entra dentro de um guarda-roupas, que a vai transportar para o fantástico mundo de Narnia. Ao entrar nesse mundo muitas coisas acontecem num curto espaço de tempo, ela vai a casa do fauno, toma chá conversa e até dorme, ao voltar para o seu mundo encontra os seus irmãos ainda brincando e fica assustada como tudo ocorre tão rápido.

Narnia é um pais governado por uma Feiticeira Má, país que vive sobre a maldição de um Inverno interminável, onde todas as criaturas têm de se submeter á feiticeira e ás suas vontades, onde os humanos não podem entrar, devido á lenda que diz que Narnia será salva deste pesadelo com a ajuda de 4 humanos. E aqui inicia uma aventura, num país cheio de criaturas míticas, como Faunos, Unicórnios, Fénix, Anões, Animais que falam, e muitas mais figuras que ajudam a encher esta história de fantasia. Ao princípio, os irmãos de Lucy não querem acreditar nela, quando ela lhes conta da sua descoberta, mas passado algum tempo, são forçados a procurar refugio no guarda-fatos e então todos eles entram em Narnia.

Tudo começ a se passar aqui , aventuras de quatro irmãos num mundo mágico, uma lenda para seguir, um líder que surge para ajudar as quatro crianças, Aslam, o Leão imortal.
Um filme cheio de mística que vale a pena ver!



quarta-feira, 23 de março de 2011

O Sol Brilha Mais Além

Alguma vez você já pensou
para onde vão as águias quando a tormenta vem?
Onde é que elas se escondem?...
Elas não se escondem.

Abrem suas asas que podem voar
a uma velocidade de até 90km/h
e enfrentam a tormenta.

Elas sabem que as nuvens escuras,
a tempestade e os choques elétricos podem ter
uma extensão de 30 a 50m, mas lá em cima brilha o sol.

Nessa luta terrível podem perder penas,
podem se ferir, mas não temem e seguem em frente.
Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo,
elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima.

Finalmente, as águias também morrem, 
mas alguma vez você achou por aí os restos mortais de uma águia?

Não!

Sabe por quê ? Porque até para morre elas são sábias.
Quando elas sentem que chegou a hora de partir,
não se lamentam nem ficam com medo.

Procuram com seus olhos o pico mais alto,
tiram as últimas forças de seu cansado corpo
e voam aos picos inatingíveis e aí esperam
resignadamente o momento final.

Até para morrer elas são extraordinárias.

Quem sabe hoje você tem diante de si
um dia cheio de desafios...
Alguns deles podem parecer impossíveis de ser vencidos,
mas lembre-se:

Descanse, medite e depois parta para a luta,
sabendo que depois daquela tormenta brilha o sol.”