sábado, 26 de março de 2011

A SOLIDÃO CONTENTE


(O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas)
IVAN MARTINS
editor-executivo de ÉPOCA

Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre "solidão feminina" com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas - e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente - e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

"Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés (como isso é bom) e curtir a minha casa", disse a prima. "Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas".
Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.
Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior - com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando - senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa - desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Filme - Narnia


Narnia
          O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa

 
Quatro irmãos vão morar numa mansão no interior da Inglaterra, pois o pai foi combater na segunda guerra mundial.
A mansão é do tio das crianças.De repente quando eles estão brincando de esconde-esconde, a caçula dos irmãos ,Lucy procurando um esconderijo, entra dentro de um guarda-roupas, que a vai transportar para o fantástico mundo de Narnia. Ao entrar nesse mundo muitas coisas acontecem num curto espaço de tempo, ela vai a casa do fauno, toma chá conversa e até dorme, ao voltar para o seu mundo encontra os seus irmãos ainda brincando e fica assustada como tudo ocorre tão rápido.

Narnia é um pais governado por uma Feiticeira Má, país que vive sobre a maldição de um Inverno interminável, onde todas as criaturas têm de se submeter á feiticeira e ás suas vontades, onde os humanos não podem entrar, devido á lenda que diz que Narnia será salva deste pesadelo com a ajuda de 4 humanos. E aqui inicia uma aventura, num país cheio de criaturas míticas, como Faunos, Unicórnios, Fénix, Anões, Animais que falam, e muitas mais figuras que ajudam a encher esta história de fantasia. Ao princípio, os irmãos de Lucy não querem acreditar nela, quando ela lhes conta da sua descoberta, mas passado algum tempo, são forçados a procurar refugio no guarda-fatos e então todos eles entram em Narnia.

Tudo começ a se passar aqui , aventuras de quatro irmãos num mundo mágico, uma lenda para seguir, um líder que surge para ajudar as quatro crianças, Aslam, o Leão imortal.
Um filme cheio de mística que vale a pena ver!



quarta-feira, 23 de março de 2011

O Sol Brilha Mais Além

Alguma vez você já pensou
para onde vão as águias quando a tormenta vem?
Onde é que elas se escondem?...
Elas não se escondem.

Abrem suas asas que podem voar
a uma velocidade de até 90km/h
e enfrentam a tormenta.

Elas sabem que as nuvens escuras,
a tempestade e os choques elétricos podem ter
uma extensão de 30 a 50m, mas lá em cima brilha o sol.

Nessa luta terrível podem perder penas,
podem se ferir, mas não temem e seguem em frente.
Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo,
elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima.

Finalmente, as águias também morrem, 
mas alguma vez você achou por aí os restos mortais de uma águia?

Não!

Sabe por quê ? Porque até para morre elas são sábias.
Quando elas sentem que chegou a hora de partir,
não se lamentam nem ficam com medo.

Procuram com seus olhos o pico mais alto,
tiram as últimas forças de seu cansado corpo
e voam aos picos inatingíveis e aí esperam
resignadamente o momento final.

Até para morrer elas são extraordinárias.

Quem sabe hoje você tem diante de si
um dia cheio de desafios...
Alguns deles podem parecer impossíveis de ser vencidos,
mas lembre-se:

Descanse, medite e depois parta para a luta,
sabendo que depois daquela tormenta brilha o sol.”